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Grupo de Foot-Ball Operário Vilafranquense

Grupo de Foot-Ball Operário Vilafranquense

Escudo do Grupo de Foot-Ball
Operário Vilafranquense
O Grupo de Futebol Operário Vilafranquense foi a mais antiga colectividade desportiva de Vila Franca de Xira, fundada em 6 de Março de 1913[1] e tem por bandeira o preto e branco.[2] Teve como fundadores o Capitão José Maria da Silva Guedes Junior, Luís Tralha, Alberto Gonçalves, José Rodrigues Tarreira , Mateus Luís, Vicente Caçaiho, António Morgado, Guilherme Pedro, Álvaro Pedro, José Atouguia, Alfredo Marcolino, António Calhordas e Sérgio Dominguinho, grupo esse constituído, na sua quase totalidade, por operários desta vila com excepção do primeiro sócio fundador, então ainda estudante e mais tarde distinto oficial da aviação, e vereador do município Vilafranquense.[1]
O Clube tinha como seu parque de jogos, o "Atlético Operário" na zona Norte da cidade e palco mítico de muitos derbies, espaçoso e bem instalado. No início da década de 1950 o clube era um nome de prestígio no seu meio local e bem conhecido no País conquistando vários títulos em Futebol:






Jornal 'A Província' 6 de Outubro de 1955
  • Campeão durante cinco épocas do Núcleo da linha de Vila Franca entre 1933/34 a 1937/38 [1]
  • Campeão da A.F.Lisboa em 1934/35[1] • Campeão da Série A da 2ª Divisão A.F.de Santarém durante oito épocas entre 1938/39 a 1945-1946[1]
  • Campeão da 2ª Divisão A.F.de Santarém em 1938-1939 e 1939-1940[1]
  • Campeão da Província do Ribatejo categoria de Honra, em três épocas 1939/40, 1940/41 e 1943/44. " Campeão em Júniores, da A.F. Santarém em 1944/45 e 1945/46 [1] 
  • Campeão da 3.“ Divisão da Associação Futebol de Lisboa em 1948/49[1]
  • Finalista do Campeonato Nacional da 3ª Divisão em 1949/50[1] 
  • Campeão na 1.ª Divisão da Associação Futebol de Lisboa, nas épocas de 1949/50 e 1950/51[1]
Para além do Ténis de Mesa e da Pesca Desportiva o Futebol então em implantação no país era a grande prioridade do Operário. Em 1940/41 participa na Taça de Portugal e chega aos nacionais da 2ª divisão e lá permanece até 1946/47 quando desce ao terceiro escalão e na época seguinte em 1948/49 conquista o título de Campeão da 3ª Divisão da A.F.Lisboa[3],
Na época seguinte volta á final do Campeonato onde perde para a Ovarense por 6-3[2].


No final da década de 1950 o outrora fervoroso público do "Atlético Operário" afasta-se do clube fruto de alguns anos de gestões danosas para as finanças do mesmo e o clube vive os seus dias de declínio.[1] A reformulação das competições nacionais leva o clube a reorientar-se, e aqui também se procura criar um clube mais forte, pelo que em 1957 renunciando á conotação de clube elitista que ostentava na altura e junta-se aos outros três clubes na fusão. [4]

O primeiro 'team' do Operário em 1929
(Da esquerda para a direita) de pé: José Murtinheira, Raul Pico, Germano da Silva, Norberto Batista, António Vitorino, Júlio Santos. Sentados: José Mesquita, Acácio de Jesus, J. Macedo, José Cardopso e António Joaquim Pardal.

Convivência, Rivalidade e União

Entre estas duas colectividades existia uma grande rivalidade na Vila que ficava dividida na rua do chafariz do Alegrete (onde está hoje o monumento ao campino) sendo o ponto que demarcava a fronteira entre os Varinos (apoiantes do Águia) e os “Senhores da Vila” (apoiantes do Operário).
Os Derbies locais eram bem disputados dentro e fora de campo, o que levou várias vezes á interdição do campo do Operário.
Em meados dos anos cinquenta, quando algumas vozes Vilafranquenses já defendiam a fusão com o intuito de criar um Clube mais forte“, quando começaram a surgir rumores a propósito do traçado da auto-estrada e a confirmarem-se, o Águia iria ficar novamente sem campo. Essa possibilidade alterou o pendor para o lado dos que defendiam a fusão.
Filberto Barquinha um dos grandes impulsionadores da fusão que foi votada em Assembleia Geral por maioria mas com muitas lágrimas, mesmo dos que votaram a favor. Filberto que estava na Direção do Águia desde 1946 sempre acreditou que um único clube podia unir e engrandecer o desporto na terra e defendeu até ao fim dos seus dias que, na altura, não havia outro caminho a seguir. "Eu era um apaziguador e nunca entendi muito bem as rivalidades que partiam a vila ao meio." [6]


REFERÊNCIAS:
  1. «A Província ANO I - 06 Outubro de 1955» (PDF). 6 de outubro de 1955
  2. «Os Arquivos feitos pelos seus Leitores (V)». Arquivos da Bola. 3 de agosto de 2007
  3. Ir para cima↑ Sousa, Victor (13 de agosto de 2009). «Futebol Saudade: AF Lisboa – campeões de 1921 a 1949». Futebol Saudade. Consultado em 12 de junho de 2018.
  4. Ir para cima↑ Sousa, Victor (5 de agosto de 2008). «Futebol Saudade: Grupo de Futebol Operário Vilafranquense». Futebol Saudade. Consultado em 12 de junho de 2018.
  5. Ir para cima↑ Sousa, Victor (quarta-feira, 30 de julho de 2008). «Futebol Saudade: Águia Sport Clube Vilafranquense». Futebol Saudade. Consultado em 12 de junho de 2018. Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. ↑ Ceitil, José (2012). «História do Clube - União Desportiva Vilafranquense». UDVFutebol.pt.vu
  7. «Espaço União para unir Vilafranquenses». The best project ever.

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